Carolina Moya



Foto: Bruno Vitório


O indivíduo troca informação com estes vários outros, que tem dentro de si. A gente tem um roteiro frágil do que a gente é. Talvez a gente supere a loucura colocando todos estes outros que nos pertencem em contato.Amálio Pinheiro.

Carolina Moya é artista pesquisadora, arte educadora e pesquisadora de práticas corporais. Sua formação acadêmica é em dança e performance pela PUC SP, no curso de Comunicação das Artes do Corpo. Começou seus estudos de flamenco em 1998 e 2005 de danças populares, universos estruturais de seu trabalho artístico de investigação, nas linguagens da dança e performance, de hibridações e contaminações, no corpo, entre essas tradições: flamenco e as danças populares.

 

Na graduação realizou a iniciação científica intitulada: "O flamenco acha feio o que não é espelho? Uma reflexão sobre a trajetória do flamenco na cidade de São Paulo", sob a orientação da professora doutora Helena Katz. A pesquisa levantou dados históricos sobre a trajetória dessa dança na cidade e também iniciou uma discussão, com parte dos profissionais de flamenco de São Paulo, sobre como pensam o trabalho que realizam na cidade onde vivem.
Ainda na área da pesquisa, foi redatora de verbetes de dança da Enciclopédia de Artes e Cultura Brasileiras do Instituto Itaú Cultural.

 

Carolina dá aulas de flamenco desde 2010 em locais como: Rueda Flamenca, Stúdio Ana Esmeralda, Villa Flamenca, Sesc, A Casa Preta.

Fundou em 2013, junto com os artistas Cylla Alonso, Gabriel Soto e Renata Taño a Oficina Flamenkera, cia de flamenco, que nasceu da necessidade de criar um trabalho de flamenco com uma identidade formada a partir das inquietudes e buscas pessoais e artísticas de cada integrante. Carolina atuou na companhia até 2018.

É integrante do Núcleo Manjarra, atuando como galante e figureira, do grupo Azougue - Laboratório de Experimentação Cênica, ambos coordenados por Alício Amaral e Juliana Pardo (Cia Mundu Rodá). Estreando e circulando em 2015 com o espetáculo Anjos Tortos. 

Carolina viaja há mais de 10 anos por estados brasileiros como Pernambuco, Minas, Cerá, Maranhão, São Paulo etc, acompanhando as festas populares. Já brincou cavalo marinho como galante, no cavalo marinho Estrela do Oriente de Mestre Inácio de Camutanga, como cabocla de lança do Maracatu de Baque Solto Coração Nazareno, composto só por mulheres em Nazaré da Mata, e do entremeio Mamãe Velha no guerreiro Joana D´Arc, da mestra Margarida, em Juazeiro do Norte.

 

Na linguagem da performance participou do evento Noites de Performance e do 3º e  4º Fórum de Performance, promovidos pela Brasil Performance (BrP); do III Circuito de Performance BodeArte Corpos Ausentes de Natal e Chá de Performance da Laplataformance.

 


Com arte educação, Carolina, trabalhou com crianças e adolescentes na escola Lumiar, na Escola Santi, CCA Parque São Rafael, no Programa de Iniciação Artística (PIÁ), da Prefeitura de São Paulo e como professora de artes para o ensino fundamental II no Colégio Gradual na cidade de Tietê.

 

A pesquisa de práticas corporais de Carolina iniciou-se na graduação, com a prática de yoga e estudos somáticos. Depois de graduada formou-se em Pilates, Biotensegridade e estudos da fáscia.
Desde 2016 atua com público idoso, com cultura popular e práticas corporais, sempre com um trabalho bastante cuidadoso, baseado nos princípios de suas formações.